terça-feira, 17 de maio de 2016

Animais abandonados em Alto Araguaia

Animais abandonados esperam por um lar

Ao andarmos pelas cidades de Alto Araguaia (MT) e Santa Rita do Araguaia (GO) é possível ver a quantidade de animais que são abandonados nas ruas. Muitas pessoas se cansam da rotina de cuidar de um animal doméstico e acabam, simplesmente, os deixando em qualquer canto da cidade.
Animais abandonados pelas ruas da cidade
 Calcula-se hoje, que de cada dez animais abandonados oito já tiveram um lar e por alguma razão acabaram sendo rejeitados pelos seus donos. A situação acontece nem todo Brasil e se tornou um problema de saúde pública.  Animais sujos e famintos que acabam entrando em contato com o lixo em busca de comidas, transmitindo doenças e procriando demasiadamente.

Em Alto Araguaia e Santa Rita ainda não existe um centro de tratamento de zoonoses (CCZ) ou abrigo de animais, o que acaba dificultando a condição desses bichos.  Segundo o veterinário, Vitor Maziero, 30, a criação de um centro de tratamento seria uma tentativa de amenizar a situação, mas deixa claro que não resolveria totalmente o problema. Para ele, a melhor saída hoje seria a castração de machos e fêmeas, o que necessitaria de um lugar para recuperação. Confira o áudio com, Dr Vitor Maziero.
Cães para adoção na Secretaria de Meio Ambiente
Os animais recolhidos das ruas estão sendo encaminhados para a sede da secretaria de meio ambiente de Alto Araguaia, onde são tratados e ficam temporariamente aguardando por uma adoção. Todos os dias chegam pessoas querendo ajudar de alguma forma, com comida, remédio ou com um novo lar para eles.
  Foi criado um grupo, no aplicativo WhatsApp, de proteção animal onde os participantes ajudam na busca por animais desamparados ou maltratados, além de conscientizar as pessoas sobre o abandono. Essa equipe é composta por pessoas das duas cidades que se identificam com a causa. “Eu acredito que se cada um fizer sua parte podemos fazer mais pelos animais” diz a participante do grupo, Aline Teles.

Ter um animal de estimação pode custar caro, pois eles necessitam de o mínimo de cuidado. Além de visitas ao veterinário e alimentação é preciso atenção e muito amor para com eles.
Eveline Baptistella
Eveline Baptistella, 38, já fez parte de vários grupos de proteção animal e hoje é pesquisadora nessa área, segundo ela é preciso que as pessoas se conscientizem que os animais tem consciência própria, tem inteligência, sentimentos e sofrem exatamente como os humanos. Por isso, tratá-los com respeito e dignidade não é uma concessão, é uma obrigação.

Contrapondo a situação de abandono o vendedor de picolé, José Batista Resende, 62, cuida de vários animais que encontra nas ruas, e mesmo diante de dificuldades não deixa que nenhum deles passe necessidade ou sofra pela falta de atenção. Hoje, José cria oito cachorros e quase vinte gatos e afirma que não pensaria duas vezes se fosse preciso adotar mais.

José é exemplo de generosidade
Estão sendo arrecadados alimentos, remédios e também estão sendo feitas adoções. Para quem deseja ajudar de alguma forma ou participar do grupo de proteção animal da cidade pode procurar a secretaria de meio ambiente de Alto Araguaia que fica ao lado do Banco do Brasil.

Daniela Meinerz 

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