sábado, 12 de dezembro de 2015

Aluno da Unemat de Alto Araguaia vai à Mariana

A ida é decorrente de projeto criado pelo acadêmico com intuito em ajudar as vítimas da tragédia em Mariana/MG

Por Jean Carlos Ramos

O aluno Marcos Augusto Santos Silva de 21 anos, acadêmico do segundo semestre de jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) campus Alto Araguaia vai à Mariana (MG), entregar doações arrecadadas na campanha “Natal sem Lama”.
O projeto nasce através de um livro fotorreportagem em que o acadêmico pretende escrever a respeito do desastre. O objetivo da ação é conseguir brinquedos e garrafas de água para as vítimas do desastre ambiental que aconteceu em Minas Gerais, no dia 05 de novembro deste ano.
De acordo com o estudante a iniciativa é uma forma de levar esperança as famílias. “Os brinquedos são para ajudar as crianças a tirar o trauma que elas sofreram. Nós sabemos que os pais não têm condições para comprar presentes para elas”, pontua.

O desastre

O desastre aconteceu através de um rompimento de barragem da mineradora Samarco, administrada pela Vale do Rio Doce, na cidade de Mariana, centro de Minas Gerais, no dia 05 de novembro. Com o desmoronamento do muro de retenção, todos os rejeitos da mineradora provocou uma enxurrada de lama na qual invadiu todo o município à partir do distrito de Bento Rodrigues.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Os contra e a favor do Impeachment de Dilma

Por Andrew Amaurick

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, informou na quarta-feira, 02, que autorizou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele afirmou que, dos sete pedidos de afastamento que ainda estavam aguardando sua análise, deu andamento ao requerimento formulado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.

Apesar de sua reeleição no ano passado, o segundo mandato de Dilma foi prejudicado por um escândalo de corrupção envolvendo seu partido. Além de estar envolvida em uma crise política, a presidente ainda lida com a baixa popularidade e protestos contra seu governo.

A investigação de corrupção envolvendo milhões de dólares no esquema de propina na Petrobras, abarca dezenas de líderes empresários e políticos do país. Dilma foi presidente do Conselho de Administração da Petrobras durante muitos 5 anos.
A
Ela tem defendido o direito dos brasileiros de protestar e reconheceu a necessidade de acabar com a corrupção. Em relação à Petrobras, Dilma Rousseff nega qualquer conhecimento prévio do esquema de propina.

De acordo com o professor universitário, Eduardo Medeiros, que é contra o impeachment, a tentativa é um golpe contra a democracia.


Já para o acadêmico Marcos Augusto Dos Santos, o impeachment é constitucional. Segundo ele, é preciso discutir os problemas do país.



DCE propõe mudanças para o ano letivo de 2016

Entrada principal do campus de Alto Araguaia


Por Robilany Lima

      Eleito no dia 10 de Outubro, o diretório central dos estudantes (DCE) da Unemat em Alto Araguaia, inicia o mandato com ideias de novos projetos para o ano letivo de 2016 na universidade. Uma das propostas é alterar o local de entrada dos acadêmicos no campus, reativando os portões principais da instituição. O objetivo da mudança é diminuir os ricos de acidentes devido à movimentação de veículos no horário em que os alunos chegam para ás aulas.
De acordo com Andrew Amaurik, presidente do DCE, o portão pelo qual os estudantes têm acesso ao campus no horário de aula, não é a entrada principal, o mesmo é usado para entrada de veículos prestadores de serviços à universidade, como correios, carros da própria instituição, entre outros. “Não é de responsabilidade da universidade esses veículos que são colocados no pátio utilizado como estacionamento nos horários de aulas. Qualquer dano que possa vir acontecer os proprietários não será ressarcido pela instituição”. Outro motivo que fortalece essa proposta segundo o DCE, é a falta de segurança com essa entrada atual, que não identifica as pessoas que estão circulam na parte interna da Unemat.
Mesmo sem ainda colocar em prática, a proposta do diretório repercute e gera opiniões diversas entre os acadêmicos. Para alguns, a mudança é desnecessária, alegam ter problemas mais urgentes para serem solucionados na universidade, diz Cleidiane Pereira dos Santos, acadêmica do 4° semestre de Jornalismo. Outros dizem concordar com a proposta, por dar uma imagem melhor para Unemat. Além de reforçar a segurança, acreditam também que essa mudança será o princípio de um ano de transformações na universidade, relata Kaio Igor, acadêmico do 6° semestre de Jornalismo.

Tempo e modo de uso das redes sociais podem causar problemas à saúde

Por Cleidiani Pereira

As redes sociais têm se tornado um dos principais canais de mediação entre as pessoas. Com o acesso à internet, seja por celular, computador ou tablete, a troca de informações é rápida e instantânea. Mesmo com estes benefícios, o perigo está ligado ao modo e tempo de uso desta ferramenta.
Segundo a estudante Fernanda Alves Curvelo, de 25 anos, a rede social proporciona uma comunicação rápida com os amigos e familiares distantes. Ela ressalta que tem facilidade em relacionar com as pessoas virtuais e gosta da parte de lazer e conhecimento.
Por outro lado, a jovem Lizandra Jéssica dos Santos, 20 anos, pontua e compara a facilidade de relacionar com pessoas no mundo virtual. “É muito simples fazer amizade com quem você não conhece no mundo real do que pessoalmente, olhando para ela”.
Já para o estudante BrunoRosa dos Santos, 22 anos, o acesso diário às redes sociais tem como finalidade se informar do que está acontecendo no mundo e interagir com outras pessoas da rede.
(Fonte foto-montagem: Blog Saúde Infantil)
Apesar das características positivas, o uso excessivo das redes sociais pode causar problemas à saúde e ao convívio social. Segundo a psicóloga Maria Cleany Corrêa Barbosa, 30 anos, elas atrapalham no momento em que deixamos de viver a vida social em função da internet. “Vários jovens perdem o sono. Com isso, o número de problemas emocionais e físicos, como depressão, obesidade e sedentarismo, aumentam.” De acordo com orientações, o recomendado é dormir de seis a oito horas por dia.   



Em pesquisa que avalia o nível de dependência dos adolescentes e jovens no Facebook, realizada pela Nativa-Revista de Ciências Sociais do Norte de Mato Grosso, deixa um alerta. Segundo a análise, 75% dos jovens preferem navegar na internet do que interagir com pessoas do mundo real. Questionados sobre usar a rede como mecanismo de desabafo de sentimentos, 70% deles, de jovens entre 13 e 18 anos, afirmam fazer estas postagens. 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Saneamento básico é cobrado por moradores do Bairro Boiadeiro em Alto Araguaia

Por José Mazani Rodrigues

A falta de saneamento básico é um dos principais problemas encontrados nos municípios brasileiros. Em Alto Araguaia/MT, a situação não é diferente, as pessoas insistem em lançar esgoto residencial nos rios. A reclamação partiu de alguns moradores da rua Antônio Ayres Fávero, localizada no bairro Boiadeiro. Eles cobram providências das autoridades do município junto com a secretaria do meio Ambiente, para que o problema seja resolvido.
Realidade do bairro. Moradores canalizam o esgoto de suas
residências até o Rio Boiadeiro. (Fotos: José Mazani)
De acordo com Cosme Damião, morador do local, a prefeitura, secretaria do meio ambiente e os próprios moradores devem se unir para resolver o problema. “Temos que saber dos próprios moradores do bairro, porque as fossas até hoje não foram construídas, se é falta de condições dos próprios moradores ou é um projeto da prefeitura que não foi realizado”.
             Leonardo Mendonça Campos, está ciente da responsabilidade e ressalta que é dever de todos. “Por estar desempregado e por falta de recursos financeiros não tive como construir, mas ainda vou construir”, explica.
Segundo o prefeito do município, José Samita Maia Neto, não é obrigação do executivo fazer a fossa, porém, é obrigação fazer a rede coletora de tratamento de esgoto. Em entrevista, o prefeito ressalta a dificuldade dos moradores, principalmente por questões financeiras. “Não é porque eles querem, é porque não tem outra alternativa.”

Sobre medidas do município, Maia Neto diz que há um projeto em parceria com o Ministério Público, Poder Judiciário e Rotary Club, para construção de fossas ecológicas. “O projeto está em andamento. Mas, através de medidas como está vamos trabalhar para despoluir o rio Araguaia e o rio Boiadeiro”, finaliza.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

120 mil mudas de árvores foram doadas nos projetos ambientais de AIA

Por Cleidiani Pereira

A adoção da muda é gratuita e ilimitada
(Foto Assessoria Prefeitura de Alto Araguaia)
Há seis anos a prefeitura de Alto Araguaia (Sudeste de Mato Grosso), com apoio das Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente, criou o projeto “Adote uma Árvore” e “Cidade Verde Florida”. Os programas, desenvolvidos com as escolas públicas da cidade, poder Judiciário, Ministério Público e Rotary Club, têm como objetivo doar mudas de diversas árvores (hortaliças, frutíferas e naturais) para a população. O intuito é de minimizar danos ambientais e colaborar com os produtores rurais.
Segundo o secretário de meio ambiente, Jefferson Luiz Berigo, 35 anos, o clima na região preocupa, sendo assim, a prefeitura resolveu adotar algumas medidas em relação ao meio ambiente, uma delas foi o plantio de árvores. “As mudas são típicas e nativas da região onde são plantadas em áreas degradadas. A adoção da muda é gratuita e ilimitada”, explica. 
De acordo com o MarilzanNumes da Costa, 45 anos, é um projeto a nível mundial do Rotary. Ele disse que até o ano passado era voluntário na distribuição de mudas e plantio nas margens dos rios. Atualmente o órgão elabora os projetos e passa pela comissão do Rotary, pelo Ministério Público e para o Juiz, para depois fazer a liberação do recurso.

Erci Barbosa, 44 anos, moradora de Alto Araguaia, relata. “Esse projeto é bastante importante para arborizar a cidade, ter uma melhora no ar e na qualidade de vida.” A moradora adotou cinco tipos de mudas diferentes durante o mês de novembro.

Índices de desemprego aumentam; reflexo é percebido em Alto Araguaia

Por Igor Perez

Conquistar uma vaga no mercado de trabalho tem sido um desafio para aqueles que estão à procura de um emprego. Segundo dados do IBGE de maio deste ano o numero de desempregados cresce a cada mês. De acordo com a pesquisa, a variação mensal da taxa de desemprego marcava 6,50% em dezembro de 2014, e até setembro deste ano chegou a 8,90%. Segundo o coordenador de Alto Araguaia do Sistema Nacional de Empregos (SINE), Zosmen Severino de Rezende, os reflexos dessa realidade são percebidos em Alto Araguaia desde o mês de maio.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad) realizada pelo IBGE, houve um aumento de desempregados no primeiro semestre deste ano em relação ao ano passado. Segundo a última pesquisa, até o mês de agosto se somavam 8,804 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. Rezende afirma que todos os dias, cerca de 60 pessoas procuram a agência do SINE em busca de trabalho.  


A procura de oportunidade

O estudante de jornalismo, Marcos Augusto, 20, veio do Rio de Janeiro para Alto Araguaia e enfrenta a dificuldade de conseguir um emprego há nove meses. Para ele, os obstáculos para quem é estudante e não tem experiência são ainda maiores. "É complicado porque as oportunidades, principalmente para universitários são mínimas. Os empregos que eles oferecem não batem com o horário da faculdade."

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Casos de corrupção na adolescência são rotineiros em Santa Rita do Araguaia

Atos de corrupção começam na infância até a fase adulta.
(Foto: reprodução/internet)

Por Melissa Souza

É cada vez mais comum a associação de corrupção aos políticos, principalmente no Brasil. Apesar da ligação, pouco se fala sobre hábitos naturais da sociedade. São algumas atitudes, 'aparentemente' simples, que não levamos em consideração as suas causas, como furar filas, pegar emprestado e não devolver, sonegar impostos, chantagear. Campanhas de conscientização e orientações amenizam casos como estes.
Segundo Maria Inês, 54, conselheira tutelar de SantaRita do Araguaia/GO, parte destes atos causam a maioria das ocorrências registradas no órgão (ouça). “As famílias ficam sem saída e nos procuram. São casos rotineiros. Sempre surgem, porém poucos acham que seja de gravidade".
Para Geovana Bastos, 13 anos, que se inteira sobre o assunto, a corrupção só é de gravidade quando gera um impacto sobre algo que seja de outra pessoa ou direito da mesma. "Furar fila é normal, desde que eu faça e ninguém vá se importar, por exemplo", diz a jovem.
O constrangimento muitas das vezes ocorre também por parte da pessoa que não comete o ato. "Quando pegam algo meu e não devolve eu me sinto incomodada", afirma Sara Aguiar, 13 anos (ouça). Questionada se o tema já foi discutido na escola, a jovem complementa: "raramente os professores abordam o assunto, a não ser quando acontece”.

As mudanças ocorrem quando o indivíduo é posto à prova daquele ato ou mesmo quando, de alguma forma, é afetado. “Quando a criança chegar com algo dentro de casa, a primeira atitude é conversar, saber se pegou emprestado, se ganhou ou se encontrou”, orienta a conselheira tutelar ressaltando que os atos começam na infância até a fase adulta.

sábado, 14 de novembro de 2015

Região sul de Mato Grosso é representado por AIA em campeonato brasileiro de futsal feminino


Após vitória regional, disputa acontece em Londrina/PR, na etapa
Nacional. (Foto: Marcos Cardial)
Jean Carlos Ramos

Após os jogos regionais estudantis disputados entre os dias 9 a 14 de outubro, em Alto Araguaia/MT, com participação de seiscentos e cinquenta atletas, a equipe de futsal feminino do município se tornou campeão invicta do torneio. O título veio depois de muitos treinos e união da equipe. Com a conquista, o time vai representar o sul do estado de Mato Grosso no campeonato brasileiro na cidade de Londrina/PR, amanhã, 15.
Segundo o professor Idelfonso Silva Oliveira, 49 anos, técnico da equipe a vaga no campeonato nacional é uma conquista. “Eu trabalho com essa equipe desde 2004, é um trabalho de longo prazo. Em 2011 os frutos vêm sendo colhidos. Nós conseguimos ir para um brasileiro, também para um campeonato regional e estadual, agora, novamente, vamos agora para o brasileiro na categoria de 15 a 17 anos. ”
Emocionada, a atleta de Alto Araguaia, Rafaela Mendes, 16 anos, artilheira da competição com 12 gols, fala da participação da equipe nos jogos. “Venho me preparando para isso a muito tempo. Quero agradecer o professor Oliveira pela oportunidade de treinar nesse time. Quero dedicar esse título para as minhas colegas de time e para minha família”.
            O time conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Alto Araguaia em parceria com a Secretaria Municipal de Esporte, Cultura e Lazer (Semel).  


sábado, 31 de outubro de 2015

Evento de jornalismo da Unemat é realizado com baixa demanda de trabalhos científicos


Por Robilany Rodrigues Lima

Em sua décima edição, o Simpósio de Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), campus de Alto Araguaia, aconteceu com poucos recursos e baixa demanda na apresentação de trabalhos científicos e experimentais. A redução transpareceu por meio da participação de acadêmicos durante evento realizado do dia 27 a 29 de outubro.
De acordo com o professor Rafael Lourenço Marques, coordenador da comissão cientifica, foram apresentados 11 trabalhos, sendo sete pôsteres e quatro apresentações orais, todos com parecer qualificado. “Os trabalhos foram bem produzidos, mas esperávamos um número maior”. Pensando em outras edições, o professor ressalta. “Alerto os estudantes para que se preparem com mais antecedência, pretendemos realizar mais eventos na universidade. ”
Os acadêmicos justificam essa baixa representatividade, alegando não receberem nenhum apoio por parte da instituição. “Não recebemos suporte da Universidade. Com a ajuda do professor orientador e com recursos próprios conseguimos concluir nossa produção,” afirma a acadêmica do curso de Comunicação Social/Jornalismo, Zilda Vieira Arcanjo, 20. Já para o aluno Marcos Augusto, 21, a dificuldade estava em parcerias. “Eu gostaria de ter apresentado um trabalho, mas não consegui por falta de filmador. ”
Segundo a diretora da Faculdade de Letras, Ciências Sociais e Tecnológicas (Falect), Marilena Inácio de Souza, a instituição passa por problemas financeiros e conta com poucos recursos. “Infelizmente a universidade não está em um bom momento, mas já está em discussão uma forma de resolver esses problemas. É preciso ter paciência! ”, pontua.

Premiação
Por falta de recursos, a premiação do I Expojor (Exposição de pesquisas e trabalhos experimentais em jornalismo) foi adiada. De acordo com os organizadores do evento, os vencedores dos melhores trabalhos de cada categoria, serão premiados em outra ocasião ainda não definida.
            Ao final do 10º Simpósio, a comissão parabenizou os estudantes que apresentaram os trabalhos e convidaram aos demais a participarem dos eventos que ocorrem dentro e fora da Unemat.
 



sexta-feira, 30 de outubro de 2015

10º Simpósio de Jornalismo é encerrado com debate sobre cultura contemporânea e comunicação

Por Igor Perez

Encerrou ontem o 10º Simpósio de Jornalismo, realizado na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), com o tema “Desafios na Práxis Jornalística”. O evento aconteceu entre os dias 27 a 29 de outubro e trouxe uma programação diversificada, com minicursos, oficinas e mesas redondas. A novidade desta edição, foi o primeiro Prêmio Expojor, na qual premia os melhores trabalhos de comunicações científicas e pôsteres.
Um dos organizadores do simpósio, o Profº Me. Rafael R. L. Marques explica que o propósito deste ano é trazer a discussão entre a prática e a teoria jornalística. Ele explana também sobre eventos que premiam trabalhos de acadêmicos, e diz que estes seguem uma perspectiva de mérito e ressaltam a importância de produzir e apresentar trabalhos no qual o verdadeiro prêmio é o reconhecimento.
        Para o estudante de Jornalismo, Weverton Velasco, 19, eventos como este é de grande importância dentro da universidade. “A iniciativa em participar não deve partir apenas dos professores, mas também dos alunos”, atenta o acadêmico que fez a apresentação de um pôster sobre “A influência do merchandising nas farmácias de Alto Araguaia”.
            O Simpósio teve encerramento com uma mesa de discussões sobre “Cultura Contemporânea e Comunicação”, mediada pelo Profº. Me. Lawrenberg Advíncula da Silva (UNEMAT) e com os convidados, Profº Dr. Yugi Gushiken (ECCO/UFMT-Cuiabá) e a Profª Dra. Ana Paula Sant’Ana (PUC-SP).




terça-feira, 30 de junho de 2015

Cidadania: população e comércio araguaiense colaboram com coleta de lixo e limpeza das ruas

Por Zilda Arcanjo

 Junho não é apenas o mês de festas juninas, é também o mês do meio ambiente. Em Alto Araguaia-MT, algumas atitudes tomadas pela população, faz que a cidade fique mais limpa e sem acúmulo de lixo nas ruas. A preocupação em relação ao lixo produzido, é tanto dos moradores, quanto dos próprios empresários de rede de supermercado.
O detrito comercial, bem como das residências, é transportado pelo poder público e depositado no aterro sanitário da cidade. Para evitar que os resíduos fiquem muito tempo nas calçadas, a gerência de um supermercado, situado na região central do município, organizou uma equipe coletora.
Segundo a gerência, representada por Moacir Antoniacci Trivelato, este serviço facilita o trabalho de todos e as medidas foram tomadas devido a sujeira nas ruas causadas, também, por animais. “Os cachorros que ficam nas ruas, às vezes espalham os lixos porque o portão fica aberto na hora de descarregar os caminhões, mas, nós estamos corrigindo isto”, explica o gerente. Além da própria equipe de coleta, o comércio conta com amplas lixeiras instaladas aos fundos do supermercado, onde separam os vários tipos de resíduos antes do descarte. É o primeiro estabelecimento a adotar esta medida.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em média, uma pessoa produz 1,5kg de lixo por dia. Sobre este dado, o estudante de Ciência da Computação, Diego Pereira de Amorim, 19 anos, comenta que é um grande índice, principalmente, pelo lixo comercial. “É um dado muito grande, tendo em vista o todo; acho uma falta de respeito muito grande com o cidadão”.
Um casal que dá exemplos de cidadania é Dona Alcir Padilha da Silva e Walter Guimarães, ambos de 72 anos e aposentados. Eles dão dicas de como manter o ambiente limpo e bem cuidado.  “Varrer as calçadas todos os dias é um ato simples, mas de grande valia e ajuda a cidade ficar mais bonita”, destaca dona Alcir. Já Walter, pontua: “As pessoas precisam ter consciência de que não se pode jogar lixo no chão ou em qualquer lugar”.


segunda-feira, 29 de junho de 2015

Arraiais beneficentes movimentam a cidade de Alto Taquari/MT

Quadrilha envolvendo os alunos da Associação Pestalozzi
Por Yasmine Monica Martins

Em clima de festa junina algumas instituições do município de Alto Taquari, sudeste de Mato Grosso, usaram a data para realizarem eventos temáticos. Na sexta-feira (26), a Cecoi (Centro de Assistência ao Idoso), realizou um arraial beneficente com o propósito de arrecadar fundos para complementar o valor de uma viagem turística que o grupo faz todos os anos em alguma região brasileira. Desta vez, o destino é no parque Termas Águas Quentes, cerca de 85 km da capital matogrossense, Cuiabá.
Juliana Magalhães, Secretária de Assistência Social e
organizadora do Arraial da Cecoi
A secretária de Assistência Social, Juliana Magalhães, 42 anos, organizadora do evento, comenta sobre as atividades do Cecoi.  “No período junino, nós sempre realizamos a quadrilha. Este ano eles tiveram duas semanas de ensaio. Os trabalhos do grupo da melhor idade não param”.  O arraial foi realizado em frente a instituição e contou com a presença da população em geral.
Outro arraial que movimentou a cidade este mês foi organizado pela Associação da Pestalozzi de Alto Taquari, instituição que trabalha com crianças portadoras de deficiência. A festa ocorreu no sábado (13) e ficou conhecida como “o Arraial da Pestalozzi”. Durante as festividades, a população pode contar com barraquinhas, comidas típicas, quadrilha e show musical. De acordo com a Diretora da Associação da Pestalozzi, Joelma Coimbra dos Santos, 30 anos, foi a primeira vez que a Pestalozzi realizou o evento “Queremos incluir as crianças nessas tradições juninas. Quando a associação surgiu na cidade, já havia passado o mês de junho. Os trabalhos foram iniciados em agosto de 2014”, pontua.
A auxiliar de dentista, Aline Cristiane Campos de Souza, 23 anos, que esteve no arraial da Pestalozzi comentou a importância da festa. “Ter visto essas crianças se divertindo foi muito animador! Os colaboradores estão de parabéns, pois proporcionaram mais alegria a essas crianças especiais”, afirmou a jovem.

             Ao todo, o arraial da Associação Pestalozzi arrecadou três mil reais. O dinheiro será usado na própria instituição, já que a mesma é filantrópica, não possui fins lucrativos e não tem outro meio de repasse financeiro. Já a festa promovida pela Cecoi, ainda não teve o balanço de gastos e saldos divulgados.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Colóquio de Jornalismo em Alto Araguaia promove discussão sobre mercado e pesquisa

Por Aline dos Anjos 

A nona edição do Colóquio, debate a produção científica na academia sobre a ótica da pesquisa e mercado. O evento organizado pelo curso de Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), campus de Alto Araguaia, vai ser realizado entre os dias 23 a 26 de junho, no Centro de Pesquisas de Alto Araguaia (Cepaia), anexo ao campus. A programação se diversifica entre mesas-redondas, exposição de trabalhos, oficinas e amostra cinematográfica.
A novidade para este ano são as oficinas. A comissão organizadora procurou fazer atividades mais dinâmicas e atender o pedido de mobilidades de horários. Atividades que antes aconteciam apenas durante o dia, agora serão ofertadas no período noturno, o que possibilita a participação de alunos que trabalham e não participavam das mesmas.
Segundo a coordenadora do evento, professora Me. Rosana Alves, o Colóquio tem como objetivo estimular o debate e a produção cientifica. “O encontro foi pensado como incentivo aos acadêmicos a se tornarem pesquisadores, se aprofundarem e produzirem trabalhos científicos, aprimorando assim o seu conhecimento”, afirma.
Como nas edições anteriores, o evento contará com a presença de convidados de outras instituições. Para a mesa-redonda de abertura, na terça-feira (23), os professores Dr. Edson Luiz Spenthof (UFMT), Me. Ailton Segura (UFMT) e Me. Daniele Teixeira Tavares (Assicom-Unemat / Cáceres) vão discutir as novas diretrizes curriculares para o curso de Jornalismo. A mesa será mediada pela professora Me. Marli Barboza (Unemat).  
No dia seguinte, será a vez dos professores Dra. Rosely Romanelli (Unemat), Me. Lawrenberg Advincula da Silva (Unemat) e Taís Marie Ueta (SECOMM-UFMT)  apresentar a importância da pesquisa e relacioná-la com o mercado regional. A mediação será realizada pelo professor de Jornalismo Réulliner Rodrigues (Unemat).  
Na quinta-feira o destaque são os quadrinhos. A jornalista Taís Marie Ueta (SECOMM-UFMT) fará um percurso sobre os quadrinhos na contemporaneidade, tendo como debatedor o professor Me. Max Robert Marinho (Computação / Unemat) e mediação o professor Me. Iuri Barbosa Gomes. 
Será feita também uma mostra Cinematográfica do Projeto Artset e uma oficina sobre Imprensa Sindical que será conduzida pelo professor mestre Miguel Rodrigues Netto (Unemat). 
Os participantes presentes no evento serão certificados e poderão ter até 40 horas.



sábado, 13 de junho de 2015

Conferência Municipal de Assistência Social em Alto Araguaia aprova trinta propostas

Por Eliana Cavalcante

    Em sua décima edição, a conferência municipal da assistência social realizado em Alto Araguaia/MT, no último dia 11 de junho, aprovou trinta projetos. O evento tem por finalidade avaliar as ações executadas em cada município e propor estratégias para melhorar o atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade. Organizado a cada dois anos, o encontro teve como tema “consolidar o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), rumo a 2026” e contou com a presença de integrantes dos Conselhos de Assistência Social dos Municípios de Alto Araguaia/MT.
       Durante a conferência, os participantes realizaram atividades em grupos, no intuito de elaborar e discutir propostas relacionadas aos serviços sociais da região, a unificação do sistema único de assistência social, e o fortalecimento do grupo para uma gestão mais democrática. Ao todo foram apresentados trinta projetos, ambos aprovados por unanimidade, com destaque para a criação de uma “casa de conselhos”. Conforme explica o psicólogo Adriano Gabriel, trata - se de um lugar criado especificamente para agregar todos a secretarias, com o objetivo de facilitar o acesso aos usuários.
     As palestras foram ministradas por Letícia Arruda Albuquerque, 31anos, assistente social da Associação das Primeiras Damas de Cuiabá (APDM), O congresso foi bastante proveitoso, porque saíram propostas positivas, que se forem implantadas, virão beneficiar os conselhos proporcionados melhores condições de trabalho e consequentemente aperfeiçoando o atendimento aos usuários”. 
Conferência aconteceu no salão da AABB (Foto: Marise Carvalho)
      Segundo a secretária de Assistência social, Sandra Paniago, 45 anos, A função da Assistência Social é ajudar a minimizar os problemas sociais existentes.  Por esse motivo, encontros assim são fundamentais para discussão de politica públicas com propósitos voltados especificamente para a população mais carente, com algum tipo de problema familiar, como violência, e alguma forma de exploração etc. segundo “o objetivo principal é fazer uma reflexão a respeito das ações realizadas, pela a Assistência Social de Alto Araguaia, bem como questionar, debater, avaliar, e pedir melhorias para nosso município, portanto, é preciso que a sociedade participe”.

      De acordo com Adriano Gabriel, 37 anos, psicólogo do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) de Santa Rita do Araguaia/GO, a sociedade precisa lutar por seus direitos e colocar em práticas as leis. “É imprescindível a participação de todos; o Sistema Único de Assistência Social, é uma política muito importante criado há dez anos no Brasil. Agora é o memento de discutir ações futuras. A conferência oferece  essa oportunidade para exercitar a democracia e discutir projetos que vão contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, finaliza o profissional.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Unemat de Alto Araguaia fatura cinco prêmios em congresso regional de comunicação

Eliana Cavalcante e Yasmine Mônica


       Estudantes de Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), campus de Alto Araguaia, conquistam prêmios na Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom), promovido pelo XVII Congresso de Ciências da Comunicação (Intercom). De dez trabalhos enviados, cinco foram contemplados nas modalidades fotonovela, ensaio fotográfico artístico, projeto de assessoria de imprensa, reportagem impressa e roteiro não ficcional. 
     O Intercom ocorreu entre os dias 4 e 6 de junho, em Campo Grande/MS, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Como tema, o evento abordou a “Comunicação e Cidade-Espetáculo”, na qual teve a presença de várias instituições do Centro-Oeste nas seguintes áreas: jornalismo, relações públicas, rádio e TV, publicidade e propaganda entre outras. Durante o evento os acadêmicos puderam se envolver em diversas atividades como palestras , minicursos e oficinas.

      O inicio do Intercom ocorreu com a recepção dos calouros, em seguida o credenciamento. A cerimônia de abertura contou com o discurso da presidente do Intercom Centro-Oeste, Marialva Barbosa, e do organizador e coordenador do curso de jornalismo da (UFMS), professor Drº Marcos Paulo da Silva que comentaram a importância desse evento regional. 
     Para Miriam Soares de Araújo, 32 anos, estudante de jornalismo da Unemat/Alto Araguaia, participar do Expocom é importante, fundamental e necessário. “É através das atividades que fazemos durante o semestre que temos a oportunidade de expor para outras pessoas. Além disso, a premiação serve como um termômetro do trabalho feito”. A aluna teve trabalho premiado na categoria de assessoria de imprensa.
     “Achei incrível participar do Intercom. O congresso é interessante justamente pela troca de conhecimento e por ter atividades fora da faculdade”, comenta a acadêmica de jornalismo da UFMS/Campo Grande, Natalia Moraes dos Santos, 20 anos.
      No encerramento o coordenador Marcos Paulo da Silva, ponderou sobre algumas falhas que houve no evento citando os alojamentos, o restaurante universitário e pediu desculpas aos congressistas. Além disso, agradeceu a participação de todos que colaboram com o congresso. Destacou ainda o comprometimento do pessoal da empresa de Comunicação Junior, "Brava" da UFMS, porque mesmo em greve e com alguns contratempos a universidade conseguiu realizar um ótimo congresso. 



TRABALHOS VENCEDORES DA EXPOCOM/INTERCOM CENTRO-OESTE 2015

CATEGORIA JORNALISMO
Modalidade: Projeto de Assessoria de Imprensa
‘Assessoria de imprensa para Pastoral da Criança de Santa Rita do Araguaia/GO’
Alunas: Cálita Fernanda, Miriam Soares de Araújo e Vanessa Rezende
Orientadora: Ana Carolina de Araújo Silva

Modalidade: Reportagem em jornalismo impresso
Reportagem ‘A festa que atrai gente viajante: descobrindo os caminhos e descaminhos da reportagem’
Alunas: Brenda Carvalho, Cassiane Luísa Mews e Laura Cristina
Orientador: Lawrenberg Silva

CATEGORIA PRODUÇÃO TRANSDISCIPLINAR EM COMUNICAÇÃO
Modalidade: Ensaio Fotográfico
Ensaio ‘Trabalhadores invisíveis’
Aluno: Ronaldo Divino Borges
Orientador: Lawrenberg Silva

Modalidade: Fotonovela
Ensaio ‘Responsabilidade socioambiental a partir da fotonovela’
Alunos Adriana Porto Santos, Igor Perez e Marcus Vinicius Santos
Orientador: Lawrenberg Silva

CATEGORIA CINEMA E AUDIOVISUAL
Modalidade: Roteiro de não-ficção
‘Restos: Produção de curta-metragem no interior de MT’
Aluno: Caio Higor Alvarenga
Orientador: Lawrenberg Silva



quinta-feira, 4 de junho de 2015

Greve divide opiniões de alunos e professores da Unemat, campus de Alto Araguaia

Professores decidem não aderir à greve. Alguns alunos concordam com a posição, outros acadêmicos taxam os professores de “covardes” e “medrosos”.

Por Ademilson Lopes

“Professores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em greve!” Isso é o que anunciou a Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat), na segunda-feira (01). No campus de Alto Araguaia, os educadores recuaram e decidiram não aderir à greve e continuar com as aulas normalmente. O mesmo aconteceu semanas antes quando a classe divulgou, no dia 25 de maio, uma paralisação.
Nessa posição, os professores receberam apoio de alguns alunos, que dizem entender a situação delicada que reflete o momento e a realidade do campus. Porém, outros acadêmicos taxam os professores de “covardes” e “medrosos”. “Ensinam em sala de aula o que não fazem na prática”, desabafa o estudante do 4° semestre de jornalismo, Felipe Garrido, de 21 anos. 

Entenda o caso

No dia 27 de maio, vinte e dois professores dos três cursos (Letras, Ciência da Computação e Jornalismo) do campus da Unemat em Alto Araguaia, se reuniram para deliberar se iriam aderir à paralisação de advertência sugerido pela Adunemat. Duas propostas foram colocadas em pauta: paralisar as atividades educacionais de quarta à sexta-feira (29); ou continuar com as aulas normalmente sem paralisação e aguardar os desdobramentos futuros. Após um caloroso debate, a segunda proposta venceu a primeira por 11 votos a nove; dois professores se abstiveram de votar.
O idealizador da primeira proposta e professor do curso de Jornalismo, Gibran Luiz Lachowski, acabou como voto vencido na reunião e acredita que a paralisação, ao longo daquela semana, poderia ter evitado a greve deflagrada pela Adunemat. “A paralisação de advertência de quarta à sexta teve apoio de uma parte de professores, sobretudo de jornalismo, no sentido de fortalecer o movimento dos docentes para que não houvesse greve, porque ninguém quer greve. Só que a maneira correta de não fazê-la seria paralisar para pressionar”, esclarece.
Já na segunda-feira (01) os docentes de jornalismo e de computação se reuniram separadamente com os seus pares, e os dois grupos decidiram não aderir à greve e seguir com o calendário normal de aulas. Os professores de letras foram os únicos que não se reuniram para decidir sobre a greve. Segundo o professor Milton Chicalé Correia, lotado no curso, já havia um consenso entre os seus colegas contra a greve e por essa razão dispensou-se qualquer encontro para debater o tema.
Para alguns professores – contra e a favor da greve -, o apoio do Sintep é fundamental para os rumos das negociações da Adunemat. Conforme esses docentes explicam, se os professores da rede estadual básica de ensino não paralisarem, a greve na Unemat vai ficar sem força. “Eu acho que vale o bom senso. O principal sindicato do Estado, que é o Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público), tem de 12 a 15 mil sindicalizados. Enquanto ele não entrar em greve, o resto não faz volume. O Estado realmente não tem dinheiro para pagar o reajuste. Nós temos todo o direito de fazer greve, mas o governador agora tem todo o direito de não pagar”, pontua Max Robert Marinho, 35 anos, lotado no curso de computação. Marinho diz ainda que a pauta de reinvindicações feitas pela Adunemat não justifica a interrupção das aulas.  O docente é contra a greve.
Por outro lado, os professores de jornalismo em Alto Araguaia foram os únicos que se reuniram com os alunos do curso para dar esclarecimentos em torno da greve. A assembleia aconteceu na última segunda-feira (01), no período de aula, às 20h. Os educadores de letras e computação não dialogaram ainda com a classe estudantil por meio de um evento semelhante.
“Nenhum outro curso aqui do campus fez essa socialização (reunião com os estudantes). Para eles parece que as coisas simplesmente continuam. Para nós de comunicação, não. A gente não aderiu nesse momento, mas nos mostramos profundamente tocados e mexidos com a situação (greve). Uma parcela de professores está sedenta para fazer mobilização (greve) e eu acho que vale a pena”, comenta Lachowsky.
Entre os principais argumentos, está a fragilidade política do campus de Alto Araguaia para entrar em confronto com o Governo e com a direção da Unemat, por falta de engajamento.
Campus de Alto Araguaia (Foto: Marcos Cardial)

“Suposta” fragilidade do campus de Alto Araguaia

De maneira geral, no âmbito dos três cursos em Alto Araguaia, os professores que são contra a greve argumentam que, por ser um campus pequeno, detentor de um número reduzido de alunos, distante dos centros de decisão e relativamente novo, não vale a pena arriscar. Eles ressaltam que um movimento grevista poderia comprometer o futuro da instituição na cidade, temendo represálias e boicotes por parte do Governo e da direção, em Cáceres, o que poderia afetar até investimentos no campus local.
“Olha, a Unemat em Alto Araguaia, ainda mais depois de tanta represália que a gente toma da sede, acho que não é o momento para querermos entrar em greve agora não”, defende Marinho.
No entanto, para o acadêmico Felipe Garrido, esse medo demonstrado pelos professores representa um ato de covardia. “Eu não concordo com esse posicionamento. Existem outros campi mais jovens do que o de Alto Araguaia em greve. Nós temos o campus de Pontes e Lacerda que começou com apenas um curso aderindo e a greve se estendeu para os outros cursos, porque os universitários decidiram paralisar. Os professores têm posicionamentos particulares para não aderir à greve e os que são favoráveis estão sendo pressionados por quem é contra. Eu como futuro jornalista me sinto decepcionado por eles (professores)”, conta.
Para a universitária do 3° semestre de Jornalismo, Robilainy Rodrigues Lima, 24 anos, a atitude dos professores é justificável. “Eu concordo com os professores. Existem outras situações que devem ser levadas em consideração. Aderir à greve no momento não seria conveniente nem para os professores na situação em que eles se encontram e nem para nós, acadêmicos; pelo menos não para mim, por conta do atraso no calendário de aulas”, comenta.
Em Computação, Marinho conta que o calendário de aulas termina em duas semanas para todos os alunos do curso, finalizando o semestre. Por isso, ele defende que uma paralisação imediata, além de prejudicar os universitários, não trará efeito positivo para as reinvindicações da pauta grevista.

Cartaz de manifestação em Cuiabá/MT. (Fonte: Facebook/Adunemat)

Principal reivindicação: recomposição inflacionária

O foco central que a Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat) lutam, se refere a recomposição inflacionária de 6,22% - a incidir sobre o salário dos docentes -, alusivo à Revisão Geral Anual (RGA). Esse valor serve para evitar que os professores percam o poder de compra. Isto é, se os preços sobem com a inflação, a remuneração dos educadores deve aumentar no mesmo percentual, impedindo a desvalorização dos salários.
Por outro lado, o Governo do Estado pagou a metade do reajuste (3,11%) no final do mês passado e fez a proposta de que quitaria os outros 3,11% no mês de novembro deste ano. Segundo o governador Pedro Taques (PDT), se o reajuste integral for pago aos professores da Unemat, o Poder Executivo vai descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
De acordo com a Lei invocada por Taques, o Poder Executivo dos estados está impedido de usar mais de 49% da receita corrente líquida para cobrir gastos com pessoal (despesas com funcionários públicos, o que inclui o pagamento de salários). Conforme o governador, o Estado já ultrapassou esse limite em 0,85% e por isso não tem condições de atender à reivindicação dos professores da Unemat.
“Estamos fazendo a greve para cobrar um direito nosso. É legal, mas o que o governo está propondo é abuso de poder. Não aceitamos a proposta e vamos continuar com a greve e não temos data para retomar as atividades. O governo é obrigado a pagar o que prometeu” comentou o presidente da Adunemat, Leonir Amantino Boff.
            Uma nova Assembleia Geral Extraordinária da Adunemat está marcada para terça-feira (09), em Cáceres-MT, às 14h. Consta no convite que o evento servirá para avaliar o andamento da greve e decidir a sua continuidade.