sexta-feira, 22 de junho de 2018


Lindeia David/ DA REPORTAGEM
Foto: Lindéia David
22/06/2018

Campanha de vacinação contra febre aftosa atinge 98% em Alto Araguaia


Foi encerrada nesta quinta-feira (20/06), o prazo oficial de vacinação contra a febre aftosa em todo o país. A primeira etapa da campanha teve início no mês de maio e que terminaria dia (31), foi prorrogada até 15 de junho.

Segundo informações passadas pela fiscal do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea – Alto Araguaia), Cíntia Mara Custódio de Faria, de 36 anos. O período inicial, de 1º a 31 de maio, teve alteração porque em algumas cidades a paralisação afetou a distribuição e venda das doses. Mas isso não foi registrado em Alto Araguaia, porque as lojas de revenda estão acostumadas com a quantidade de vacinas comercializadas durante a campanha, assegurou a fiscal. 
“As revendas procuram manter sempre a quantidade suficiente para abastecer toda a região, e pode, sim, ter ocorrido atraso em algumas cidades, mas foi devido a algumas propriedades de difícil acesso terem deixado para a última hora”, explicou.

Durante a etapa foi obrigatória a imunização de todo rebanho de bovino e bubalino, de mamando a caducando. Os pecuaristas tiveram o prazo para apresentar as notas de compras das vacinas e de registros dos animais junto ao Indea até nesta quinta-feira dia 20. A multa para quem deixar de vacinar dentro do período da campanha é de 1 UPF (Unidade Padrão de Fiscal) por cabeça e o produtor que atrasar a comunicação fica impossibilitado de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA) por um período de 30 dias.

Alto Araguaia possui 648 propriedades rurais entre fazendas, sítios e chácaras, e até o momento foi divulgado como resultado preliminar, através de um outro funcionário do Indea que também atua com Fiscal, Antônio de Pádua Pimentel de 56 anos, que o município conseguiu atingir 98% no total previsto. “A nossa meta é atingir 100%, mas esse resultado foi muito satisfatório e em relação ao ano passado alcançamos o mesmo percentual” concluiu.

Conforme a unidade do Indea no município, a população de animais que se enquadra na campanha soma 169.500 cabeças de bovinos e 74 de bubalinos. No início deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aprovou a diminuição da dose da febre aftosa. Mas a medida passará a valer em 2019, quando os produtores poderão reduzir a concentração da vacina de 5 mililitros para 2 mililitros. A determinação está prevista na Instrução Normativa nº 11, publicada no Diário Oficial da União em 22 de janeiro.

Segundo o Indea/Alto Araguaia, essa nova exigência também contribuiu com a prorrogação do período de vacinação. Já que no ano que vem as revendas terão que se adequar à distribuição de doses, houve lojas que pediram um número menor de itens por receio de sobra no estoque, assim evitando prejuízos, pois não poderiam vender o excedente na próxima etapa.

A proprietária da Instância Alegre, que fica localizada a 40 km de Alto Araguaia, região do Paraíso, Cátia Jaqueline Ribeiro Gomes, de 37 anos, contou que já na segunda semana da campanha providenciou a vacinação para todo o seu rebanho. Ela tem uma criação de 45 cabeças de gado.“Aproveitado a campanha, fizemos outras vacinas além da aftosa, como a de brucelose, carbúnculo e antirrábica, garantindo a saúde de todos os bovinos”, comentou.Ampliação do comércio exterior
Foto: Lindéia David
O estado de Mato Grosso possui o maior rebanho bovino do país, com mais de 29 milhões de animais. Garantir que mais de 99% do gado do estado seja vacinado é importante para manter o status de zona livre de febre aftosa, que o país conquistou recentemente. Isso deve ampliar o leque de oportunidades de negócios do Brasil, que hoje já chega a 150 países.
O índice de vacinação em 2017 em Mato Grosso foi maior, de 99,08%. Por conta disso e das sorologiasque foram realizadas no estado e no Brasil, o país todo está acima do padrão de retirada da febre aftosa (ou seja, imune da doença), pois há anos não apresenta casos.

A suspensão da necessidade da vacinação está prevista a partir de maio de 2019 no Acre, Rondônia, além de uma parte do Amazonas e de Mato Grosso, este último fazendo fronteira com Mato Grosso do Sul e Goiás, também estados destacados por seus rebanhos.Todo o país será livre da febre aftosa sem vacinação. Hoje o Brasil é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como livre da doença (com auxílio das doses), o que contribui para que daqui a três anos não seja mais necessário a campanha.
De acordo com o produtor e proprietário da fazenda da Mata, Paulo de Társio Durval Serafim, somente nesta campanha realizou a imunização de 707 animais e por ser produtor de leite há mais de 30 anos mantêm o controle sanitário em dias, em média sua produção diária ultrapassa 1,200 litros que são vendidos para um laticínio da cidade de Portelândia (GO), “Portelat”. “Há alguns anos atrás a produção era muito melhor, hoje caiu muito e os gastos que temos para manter é muito grande, com pastagens, silagens e remédios”, finaliza. vídeo


 

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