Por Karoline Benicio
Fotografia por Karoline Benicio |
A gestação na adolescência tem se tornado um problema social
cada vez mais comum em nosso cotidiano, porém sem políticas públicas
especificas voltados para a sua resolução. Abandono dos estudos, exclusão
social, dificuldade no acesso e permanência no mercado de trabalho
são apenas alguns dos problemas enfrentados por essas meninas que muitos jovens
assumiram a tão difícil tarefa da maternidade.
A pressão psicológica e preconceito social que essas meninas enfrentam talvez sejam as maiores e mais difíceis barreiras nessa trajetória que é crescer e criar um bebê o que resulta negativamente na saúde psicológica das mães. A estudante H.J, de 16 anos, mãe de um menino de 2 afirma que esse é um problema difícil enfrentado no seu cotidiano: ‘’. É bastante complicado porque as vezes não estou bem mas preciso estar para cuidar do meu filho. Ele ficar bem é o que mais importa agora, minhas sensações e sentimentos já não importam muito’’. São vistas como mães ruins, inexperientes e descuidadas, visão que quem vive nesta realidade descorda, ''Tive minha filha com 17 anos e isso me mudou muito, hoje sou mais mulher e madura. Sou uma ótima mãe e idade não tem nada a ver.'' afirmou A.A.
A pressão psicológica e preconceito social que essas meninas enfrentam talvez sejam as maiores e mais difíceis barreiras nessa trajetória que é crescer e criar um bebê o que resulta negativamente na saúde psicológica das mães. A estudante H.J, de 16 anos, mãe de um menino de 2 afirma que esse é um problema difícil enfrentado no seu cotidiano: ‘’. É bastante complicado porque as vezes não estou bem mas preciso estar para cuidar do meu filho. Ele ficar bem é o que mais importa agora, minhas sensações e sentimentos já não importam muito’’. São vistas como mães ruins, inexperientes e descuidadas, visão que quem vive nesta realidade descorda, ''Tive minha filha com 17 anos e isso me mudou muito, hoje sou mais mulher e madura. Sou uma ótima mãe e idade não tem nada a ver.'' afirmou A.A.
O abandono aos estudos é um dos primeiros reflexos negativos
que observamos na vida das jovens mães. Os dados fornecidos pelo PNAD apontam
que das 414.105 mil adolescentes que tem pelo menos um filho e a idade entre 15
e 17 anos são 309.374 mil que estão fora da escola. Da parcela que ainda
frequentam as salas de aula, as alunas tem um baixíssimo desempenho e rendimento
escolar. A dificuldade de locomoção até a escola e as dores e enjoos da
gravidez são os principais motivos apontados pelas meninas para não dar
continuidade nos estudos.
No ano de 2016, encerra-se o prazo de 20 metas do PNE (Plano
Nacional de Educação) que propõe ‘’universalizar, até 2016, o atendimento
escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar até o final do ano
período de vigência deste PNE, a taxa liquida de matriculas do ensino médio
para 85%’’. Porém, cremos que a meta não tenho sido alcançada, aguardamos a
divulgação dos dados pelo PNE. O MEC também informou em entrevista ao G1 que
não possuem programas específicos que atendam a esse público, as jovens em
situação de maternidade ou no aguardo da mesma que abandonam as escolas, porém oferece
dois programas que podem amenizar a situação mesmo que razoavelmente: o Protege
e o Pro infância.
Protege: o objetivo do programa ''é prevenir e romper o ciclo da violência contra crianças e adolescentes no Brasil. Pretende-se, portanto, que os profissionais sejam capacitados para uma atuação qualificada em situações de violência identificadas ou vivenciadas no ambiente escolar.'' MEC (SAIBA MAIS)
Proinfância: '' O ProInfância é um programa de assistência financeira ao Distrito Federal e aos municípios para a construção, reforma e aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e pré-escolas públicas da educação infantil. O objetivo é garantir o acesso de crianças a creches e escolas de educação infantil públicas, especialmente em regiões metropolitanas, onde são registrados os maiores índices de população nesta faixa etária.'' MEC (SAIBA MAIS)
Os dados que permeiam a realidade das mães adolescentes e jovens são chocantes. O PNAD (Pesquisa Nacional Por Base de Domicílios) divulgou no ano de 2013 alguns dados levantados em parceria ao Movimento Todos pela Educação sobre a maternidade na adolescência.
Proinfância: '' O ProInfância é um programa de assistência financeira ao Distrito Federal e aos municípios para a construção, reforma e aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e pré-escolas públicas da educação infantil. O objetivo é garantir o acesso de crianças a creches e escolas de educação infantil públicas, especialmente em regiões metropolitanas, onde são registrados os maiores índices de população nesta faixa etária.'' MEC (SAIBA MAIS)
Os dados que permeiam a realidade das mães adolescentes e jovens são chocantes. O PNAD (Pesquisa Nacional Por Base de Domicílios) divulgou no ano de 2013 alguns dados levantados em parceria ao Movimento Todos pela Educação sobre a maternidade na adolescência.
·
No Brasil, 5.2 milhões de meninas tem entre 15 e
17 anos.
·
Deste número, 414.105 mil já tem ao menos um
filho.
·
104.731 mil dessas meninas mães apenas 104.731
frequentam à escola.
·
309.374 estão fora das escolas para cuidar de
seus bebes e crianças.
·
52.062 das mães entre 15 e 17 anos possuem
empregos.
·
55,4% das mães adolescentes não chegam a
completar o ensino médio.
Os relatos das jovens mães são de encher os olhos, muitas
queixam-se do abandono dos namorados durante a gestação e das dificuldades de
criar os filhos sozinhas. É o caso de J.H, de 17 anos, grávida de 6 meses, ‘’minhas
amigas dizem que depois que o bebê nascer talvez meu namorado volte comigo, mas
acho difícil, ele já deixou bem claro que não tem mais interesse em mim e nem
no bebê. ’’ Já outras, casos mais raros, acreditam que os filhos não atrapalham em seus relacionamentos, o que é o caso de uma das entrevistas, Ivanna Rodrigues, 17 que diz ter namorado mesmo com suas
duas filhas e que as mesmas nunca a atrapalharam em nada, nem nos relacionamentos e nem em sua vida.
Algumas medidas podem ser tomadas para que o índice de
meninas gestantes na adolescência diminua e um deles é a melhor divulgação dos
diversos métodos contraceptivos e principalmente a facilidade de acesso aos
mesmos.
Levar a informação principalmente as comunidades mais afastadas e
distantes também é essencial. A educação sexual nas escolas é um assunto muito
discutido e polemico entre os pais, porém, é de extrema importância uma vez que
é na escola onde os alunos aprendem sobre comportamento, sociedade e inclusive
sexualidade. Na aulas deve-se manter o foco nas aulas de prevenção sexual como medida educacional e de prevenção. As mães e pais, deixar o tabu de lado e focar em orientação,
converse com seus filhos, oriente-os, tanto as meninas como também os rapazes.
Cuide-se, busque informação e a dissemine e lutemos por mais políticas
públicas para as meninas que já se encontram nesta situação, melhorias e
oportunidades para seus bebes e crianças como para elas próprias e mais
propostas e projetos para a redução deste fato.
Confira uma entrevista realizada com a mãe Ivanna Rodrigues, a modelo das fotos que foram tiradas quando tinha apenas 14 anos e se encontrava a apenas um mês de ganhar sua primeira filha: Vitória. Hoje aos 17 anos também já é mãe da Valentina.
Entrevista disponivel no onedrive em áudio. Links:
Clique aqui
Clique aqui
Clique aqui
Clique aqui
Clique aqui
Clique aqui
Clique aqui
Clique aqui
Clique aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário