sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Saúde
Depressão: O mal do século
Da reportagem: Lindéia David
Ao contrário do que a maioria das pessoas imagina a depressão não tem um rosto com o qual possa ser identificado ou ainda um comportamento ou características especificas que não deixe nenhum tipo de dúvida que há de fato algo com a pessoa.

A doença afeta 4,4% da população mundial e 5,8% dos brasileiros, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Brasil é o país com maior característica de ansiedade no mundo: 9,3%. Cerca de 11,5 milhões de brasileiros sofrem com depressão.
Figura 1 a depressão não tem rosto com o qual possa ser identificada

Alto Araguaia hoje, conta com uma população de 18.164 mil habitantes e estima se que pelo menos 1.200 pessoas sofrem com a doença, uma média de 7% no total, este número refere-se que mais de 90% dos casos são relacionados a mulheres.
A depressão foi considerada pela (OMS) como o "mal do século XXI". Doença silenciosa, ela ainda é incompreendida inclusive por quem sofre do problema. Há quem considere, por exemplo, que é uma doença de rico, ou que se trata de frescura. A verdade é que a depressão pode atingir pessoas de qualquer idade, qualquer lugar e qualquer classe social, famosos e anônimos.
Segundo a Dra. Rita Aparecida Barbosa que atua na área de psicologia há 24 anos, a maioria de seus pacientes apresentam transtornos como a depressão. A depressão ou transtorno depressivo que é uma doença psíquica que afeta o sistema nervoso central, alterando o humor e a maneira da pessoa lidar com sentimentos diversos relativos à afetividade. O paciente pode apresentar pequenos sintomas iniciais como: insônia, tristeza, ansiedade e crises de choro. A depressão é uma doença que requer ajuda especializada de um profissional. “A maior parte dessas vítimas são mulheres que, na maioria das vezes apresentam distúrbios emocionais, como relacionamentos mal estruturados, traumas ocorridos durante a infância ou adolescência, problemas em ambiente de trabalho, e vários outros fatores que acabam acarretando ao longo da vivência de cada ser humano”, esclarece a psicóloga.

Em casos mais graves de depressão, algumas pessoas perdem o emprego, abandonam os estudos e se excluem de seu círculo social. O tratamento da depressão consiste na combinação de antidepressivos e psicoterapia, um trabalho feito em parceria entre um psiquiatra e um psicólogo.
Figura 2 os medicamentos só podem ser adquiridos com receita médica em mãos
Para a Auxiliar de Serviços Gerais, M.L.C de 47 anos, que foi diagnosticada com a doença há mais de dois anos, os problemas começaram a se agravar quando começou a sentir, tristeza, pessimismo, baixa autoestima, desânimo e pensamentos suicidas, que só melhoraram quando decidiu procurar ajuda médica e começar um tratamento através de remédios controlados e terapias. Para ela, é uma angústia terrível, se sente incapaz de fazer qualquer coisa, muitas vezes tem a sensação que ninguém gosta dela e se sente sufocada em qualquer lugar que esteja. Para quem antes tomava três banhos por dia, hoje sente dificuldades em tomar apenas um. “Imagina uma pessoa ter que tomar medicação todos os dias para conseguir se levantar e ficar de pé, não tem explicação eu prefiro me isolar de todos, e não estou assim porque quero “socorro meu Deus”, muita gente nem sabe o que eu passo por isso, é angustiante assumir que tenho depressão pois tenho muito medo de ser julgada”, comenta.


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