Coleta seletiva ainda não é realidade em muitas
escolas de Alto Araguaia
Coleta seletiva é realidade em poucas escolas |
A
pauta ambiental é constantemente discutida, em diversos âmbitos: acadêmico,
político, econômico e claro, jornalístico. Há uma série de iniciativas que precisam
ser tomadas para que mude não só os hábitos, mas principalmente que haja uma
eficácia na consciência ambiental e neste sentido, nada melhor do que envolver
as crianças e despertar nelas essa ânsia por mudança.
Atualmente um assunto que vem gerado inúmeros debates e iniciativas é a questão
da coleta seletiva do lixo. Mas ela ainda não vem sendo adota das por todas as
escolas de Alto Araguaia.
A
diretora da Escola José Inácio Fraga, Naylen Cristina Cordeiro Santana,
explicou que como a escola foi transferida para um novo local há pouco tempo,
ainda não houve a instalação dos tambores adequados para cada material, mas que
eles já estão comprados. Outro fator que desanima os estudantes de separarem os
materiais recicláveis é que ao ser recolhido, os resíduos são misturados no
caminhão do lixo. Isso, segundo a diretora, desmotiva os estudantes e fazem com
que eles não se preocupem com essa questão. Na escola Carlos Hugueney o lixo é
misturado e é utilizado o mesmo latão para todo tipo de material.
Os
alunos sentem falta de uma política de coleta que seja mais eficaz e que, de
fato conscientize. Samuel Radaelli, 13 anos, estudante da escola Arlinda Pessoa
Morbeck disse que apesar de terem os depósitos para a coleta seletiva, eles não
são seguidos e os cartazes que tem espalhados pela escola não são suficientes
para que os alunos tomem consciência da importância de separar o material
reciclável. E, pior do que isso, muitos alunos nem na lixeira jogam “quem
realmente deixa as salas limpas, são as faxineiras, de resto, fica muita
sujeita. Uma vez fizeram uma competição para a turma que deixasse a sala mais
limpa durante o ano, mas apenas o pessoal da tarde, que eram os menores, se
conscientizaram”.
Em
novembro de 2015 a Prefeitura da cidade criou uma Gincana
Ecológica envolvendo três escolas do município (Adalcy da Conceição
Rodrigues, Maria Júlia de Almeida e José Inácio Fraga). Durante uma semana foi
proposto que os alunos dessas unidades recolhessem e depositassem materiais
recicláveis nas caçambas que estavam disponíveis nas escolas. Ao fim, as
escolas recolheram cerca de 2,5 toneladas entre plástico, papel, vidro e metal,
segundo informou a Prefeitura. O material foi destinado para uma recicladora,
mas o nome não é citado nas matérias divulgadas pela Prefeitura, mas, seguindo
alguns moradores, a recicladora não está mais na cidade por falta de demanda.
Adriana Porto Santos
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