Atos de corrupção começam na infância até a fase adulta. (Foto: reprodução/internet) |
Por Melissa Souza
É cada vez mais comum a associação de corrupção aos
políticos, principalmente no Brasil. Apesar da ligação, pouco se fala
sobre hábitos naturais da sociedade. São algumas atitudes,
'aparentemente' simples, que não levamos em consideração as suas
causas, como furar filas, pegar emprestado e não devolver, sonegar impostos,
chantagear. Campanhas de conscientização e orientações amenizam casos como
estes.
Segundo Maria Inês, 54, conselheira tutelar de SantaRita do Araguaia/GO, parte destes atos causam a maioria das ocorrências
registradas no órgão (ouça). “As famílias ficam sem saída e nos procuram. São
casos rotineiros. Sempre surgem, porém poucos acham que seja de gravidade".
Para Geovana Bastos, 13 anos, que se inteira sobre o
assunto, a corrupção só é de gravidade quando gera um impacto sobre algo que
seja de outra pessoa ou direito da mesma. "Furar fila é normal, desde
que eu faça e ninguém vá se importar, por exemplo", diz a jovem.
O constrangimento muitas das vezes ocorre também por parte
da pessoa que não comete o ato. "Quando pegam algo meu e não devolve eu me
sinto incomodada", afirma Sara Aguiar, 13 anos (ouça). Questionada se o tema já
foi discutido na escola, a jovem complementa: "raramente os professores abordam
o assunto, a não ser quando acontece”.
As mudanças ocorrem quando o indivíduo é posto à prova
daquele ato ou mesmo quando, de alguma forma, é afetado. “Quando a criança
chegar com algo dentro de casa, a primeira atitude é conversar, saber se pegou
emprestado, se ganhou ou se encontrou”, orienta a conselheira tutelar
ressaltando que os atos começam na infância até a fase adulta.
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